História de Mata Roma - MA
História do Município de Mata Roma - MA
A história do município de Mata Roma inicia-se com a vinda de Rolindo Garreto, sua esposa Maria Rita Garreto e o filho Alferes Antônio Garreto, para esta região,fugindo da revolta da Balaiada e estabelecendo-se nas matas pertencentes, atualmente, a um dos povoados Matarromense, denominado Santa Rita. Logo depois, Rolindo Garreto foi morto pelos negros e sua esposa temerosa, fugiu em companhia do filho para a margem esquerda do Riacho Estrela, onde estabeleceram um pequeno casebre, dando ao local a denominação de São Francisco em virtude de D. Rita ser devota do Santo Glorioso. Por volta de 1856, casou-se Alferes Antônio Garreto, de cuja união nasceram cinco filhos, dando origem a grande família Garreto, existente em todo município e adjacências.Até o ano de 1939, o povoado São Francisco pertencia ao município de Brejo de Anapurus, tendo passado em 1940, a pertencer ao recém criado Município de Chapadinha.São Francisco naquela época, era um lugarejo muito pobre, suas casas residenciais não passavam de toscas palhoças,surgindo somente em 1942, a primeira casa de telha, de propriedade do Sr: Manoel Garreto de Sousa, nesse período o povoado contava com nove famílias, aproximadamente cinqüenta pessoas.Em princípio de 1945, chegou da cidade de Magalhões de Almeida o Pastor evangélico Francisco Lino de Oliveira, celebrando o primeiro culto, em que também foi celebrada a primeira missa, pelo cônego e pároco Walter de Castro Abreu. No ano seguinte com o fluxo migratório de protestante, houve o aumento do número de habitantes e o lugarejo passou a adotar o nome de Redenção. Ainda em 1947, foi aberta a primeira casa comercial pela firma Rodrigues e Garreto, com venda de tecidos, miudesas e gêneros da regiãoNo final de 1947, foi criada a primeira escola do município , sob a direção da professora Maria Madalena Gomes Almeida. Em 1949, assumiu a direção da mesma o professor Guilherme Gomes Barbosa, que permaneceu como diretor até o início da década de 1960, dando grande impulsos à educação no povoado e contribuindo para seu crescimento, pois muitas famílias migraram do interior, com propósito de colocar seus filhos para estudar.A primeira tentativa de emancipação da vila de Redenção, deu-se a 07 de Setembro de 1959, quando a Câmara Municipal de Chapadinha aprovou o projeto nº 07/59 elevando Redenção a categoria de cidade com o nome Newton de Barros Bello. Mais tarde incidentes ocorridos entre o presidente da câmara e o prefeito de Chapadinha, tornaram nulo o referido projeto . em dezembro de 1961 , foram convocados os políticos de chapadinha , quando aprovaram, por unanimidade o projeto de nº 12/61, que criava definitivamente o município de Mata Roma, cujo nome homenagea o ilustre professor Mata Roma, filho de Chapadinha.A criação deste município foi aprovada e sancionada na Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, através do decreto lei nº 2.182 de 30 de dezembro de 1961, pelo então governante , Newton de Barros Bello. A inauguração de Mata Roma deu-se em 11 de Março de 1962, sendo nomeado prefeito municipal o Sr: Manoel Garreto de Sousa.
Uma história a ser lembrada.
Neste trabalho do historiador Matthias Assunção Rohrig de 2010, intitulado "A Memória do Tempo de Cativeiro no Maranhão" e que saiu pela Universidade Federal Fluminense, há relatos orais de pessoas da região de Anapurus (Pechincha) e de Mata Roma ( Avelino Gonçalves) e no Carmo (Maria de Lourdes da Conceição) sobre a narrativa proposta da pesquisa: Escravidão. Colaborando para que a memória dos acontecimentos não se apague - pois essa é a finalidade da história -, organizar o passado em função do presente alcança a função social da história e de sua gente. Guabiraba e Mata do Brigadeiro - este último há citações no "Garret, traficante de escravos" de Gairo Garreto - eram terras de casas-grandes e senzalas ao longo do rio Preto. Assim, esse documento é de suma importância para a cidade, para professores e estudantes que por ventura tenham curiosidades na manutenção, preservação e conservação da memória coletiva da região.
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